...
Estou doída, sentindo o mundo em cólera. A maioria de nós segue na corda-bamba de olhos vendados.. Sentir? Quê é o sentir? Toda gente quer ’suportar’, ’suportar’.. Mas viver deve ser muito mais que ’suportar’, e continuamos suportando. Até quando?
Não me olhe assim, eu também tenho receios. Pensa que nunca pisei em cacos de vidro? Pisei muito. E continuo pisando. E ainda pisarei por muito tempo. Mas eu anseio por uma mudança urgente, existe algo em mim que quer empurrar tudo pra frente impacientemente. Eu não sei crescer sozinha, tenho que dar a mão e vir puxando alguém comigo. E nesse meio tempo, voltei atrás mil vezes p’ra buscar o que havia se perdido no meio do caminho.
Mas e se eu me perder, alguém vai me buscar?
Tenha calma, eu estou aprendendo, estou aprendendo…
E eu sempre vou me aventurar além do que é permitido, eu preciso ir além da linha reta. Não quero margem, não aceito margens. Eu vou até onde eu acreditar poder ir.
Fragmentar? Unificar. Onde é que estão as mil e uma razões pra seguirmos em frente agora? Pois é, as coisas se perdem vezenquando, mas precisamos fazer o de sempre: voltar atrás e buscá-las. Aqui dentro de mim existe um relicário chamado humanamente de ‘coração’, nele tenho toda a força que vou precisar na vida.
Se eu cair, levanto. Se eu me iludir, desiludo. Se eu perder a fé, a reformulo. Mas preciso viver do meu jeito, o tempo quase inexiste em mim. Me faço sem ele, desfaço.
Cala e observa: já não sei mais onde estou, tu sabe? Eu não sou tão forte, preciso da tua mão pra me segurar na queda, nas quedas. Quedar? Não me negue a compreensão, eu preciso entender o que se passa… Não tenho medo, não tenha!
Às vezes fica a impressão de que todos os meus assuntos acabam convergindo para o mesmo tema. Como se, no final das contas, eu sempre quisesse falar a mesma coisa por meios diferentes. Esgotar todos os modos de explorar uma única idéia que eu nem faço idéia do que seja, mas sempre sinto da mesma maneira - mesmo quando as palavras insistem em mudar de posição ou nome.
Algo grande o suficiente para assumir diversas formas e gostos e acabar sempre no mesmo lugar – mesmo que a palavra não seja lugar. Algo grande o suficiente para acabar sempre no mesmo lugar e assumir diversas formas e gostos. E sempre.
Segue. Paciência, aguenta. Segue…
Não me olhe assim, eu também tenho receios. Pensa que nunca pisei em cacos de vidro? Pisei muito. E continuo pisando. E ainda pisarei por muito tempo. Mas eu anseio por uma mudança urgente, existe algo em mim que quer empurrar tudo pra frente impacientemente. Eu não sei crescer sozinha, tenho que dar a mão e vir puxando alguém comigo. E nesse meio tempo, voltei atrás mil vezes p’ra buscar o que havia se perdido no meio do caminho.
Mas e se eu me perder, alguém vai me buscar?
Tenha calma, eu estou aprendendo, estou aprendendo…
E eu sempre vou me aventurar além do que é permitido, eu preciso ir além da linha reta. Não quero margem, não aceito margens. Eu vou até onde eu acreditar poder ir.
Fragmentar? Unificar. Onde é que estão as mil e uma razões pra seguirmos em frente agora? Pois é, as coisas se perdem vezenquando, mas precisamos fazer o de sempre: voltar atrás e buscá-las. Aqui dentro de mim existe um relicário chamado humanamente de ‘coração’, nele tenho toda a força que vou precisar na vida.
Se eu cair, levanto. Se eu me iludir, desiludo. Se eu perder a fé, a reformulo. Mas preciso viver do meu jeito, o tempo quase inexiste em mim. Me faço sem ele, desfaço.
Cala e observa: já não sei mais onde estou, tu sabe? Eu não sou tão forte, preciso da tua mão pra me segurar na queda, nas quedas. Quedar? Não me negue a compreensão, eu preciso entender o que se passa… Não tenho medo, não tenha!
Às vezes fica a impressão de que todos os meus assuntos acabam convergindo para o mesmo tema. Como se, no final das contas, eu sempre quisesse falar a mesma coisa por meios diferentes. Esgotar todos os modos de explorar uma única idéia que eu nem faço idéia do que seja, mas sempre sinto da mesma maneira - mesmo quando as palavras insistem em mudar de posição ou nome.
Algo grande o suficiente para assumir diversas formas e gostos e acabar sempre no mesmo lugar – mesmo que a palavra não seja lugar. Algo grande o suficiente para acabar sempre no mesmo lugar e assumir diversas formas e gostos. E sempre.
Segue. Paciência, aguenta. Segue…
“O tempo é a minha matéria,
o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.”
[Drummond ]
o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.”
[Drummond ]