Sentimental

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"Ela é cheia de sentimentos, parece que suas experiências se manifestam é no dorso do seu colo, e quase sempre, de vez em quando, tudo isso pesa." Clarisse Lispector
"Se é a razão que faz o homem, é o sentimento que o conduz."
Jean Jacques Rousseau

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Eu finjo ter paciência...

E nem sei se finjo tão bem. Na verdade eu tento é me enganar, forçar a paciência em mim. Eu nao consigo sentar e escrever, porque ando distraída de mais para isso. Eu não consigo mais conversar com ninguém no MSN pois ando dispersa. Nada me interessa muito. Nenhum assunto me prende. Eu acho que sou focada. Ou obsessiva. Quando estou com algo na cabeça, piro. Piro mas continuo fingindo ter uma calma que no fundo não tenho. Essa ansiedade que me fode a vida. Essa coisa toda de que se tem que ser, que seja pra já! Eu não sei ser devagar, eu não sei comer pelas beiradas, eu tenho que queimar a lingua. Agora!

Me irrita essa coisa toda de “o jogo é assim, siga as regras”. Quem foi que inventou essa porra toda de regra? Eu não quero seguir regra alguma. Eu não tenho saco algum pra essa coisa toda de ter compreensão. Eu não quero compreender nada. A gente perde muito tempo nessa vida compreendendo coisas que a gente não quer. Sendo complacente com coisas que a gente engole a seco, que arranha a garganta. Simplesmente porque se não for assim, pagamos de loucas, de ansiosas... Porque se não for assim, a gente assusta.

Eu quero mesmo assustar. Sou assim, e se alguém se assusta com isso nunca poderá ser parte da minha vida. A vida é já, é sem rodeios. Muita coisa acontecendo pra se perder tempo com essa frescura toda de comportamento. Esse redevu de se-ele-não-ligar-eu-devo-ligar? Que saco!! Coisa patética! Acabamos sendo patéticos com essa coisa toda. Mais simples se cada um fizer o que tem vontade, o que quer.

Minha vida parece um álbum de histórias repetidas com figurinhas diferentes! Se alguém ou alguma coisa ta lá em cima dando risada e esperando que eu aprenda a ter paciência, desista! Eu não sou assim, eu sou alho ou bugalhos. Mas não dá, não se pode, não se deve. O certo é esperar. Esperar o que raios? Que alguém decida por você? Que alguém diga, ok agora eu posso, e você já pode ter vontade de novo! Isso não é angustiante? Nesse meio tempo, nessa distância toda, você senta e simplesmente espera, engole tudo, faz a digestão lentamente, para não morrer, e espera... E a vida lá, indo...

E eu aqui, resignada, espero. Fazer o que? O jogo é assim...



"Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara..."
(Paciência - Lenine)